Governos aproveitam crise para enfiar o Ensino a distância (EaD) goela abaixo dos estudantes e professores

Em essência o EaD é uma excrescência do capitalismo apodrecido. Esta modalidade de ensino só serve para piorar as condições de aprendizado dos estudantes, precarizar a educação e favorecer o desemprego dos professores fechando postos de trabalho. No ensino superior, onde o EaD começou, os capitalistas da educação encontraram a mina de ouro para vender diplomas gastando muito pouco.

Acontece que os governos estão trabalhando para implantar o EaD como solução contra a paralisação das aulas durante a pandemia do Coronavírus. Querem que as escolas e universidades continuem com seu ano letivo sem alterações. As escolas particulares já estão trabalhando assim e as escolas públicas estão sendo pressionadas para isso. 

A implantação do EaD para substituir as aulas presenciais durante a crise não leva em conta uma série de fatores como: a ausência de recursos materiais dos alunos e professores (celular, computador, espaço para estudo etc.); o tempo dos professores, principalmente mulheres, que estão em casa, mas tendo que cuidar de familiares, filhos etc. Pior ainda é que essa experiência com a implantação temporária do ensino a distância poderá servir de base para uma posterior implantação permanente, mais ou menos parcial, que poderá ser usada depois para reduzir o quadro de professores.

Vinculado com a crescente privatização da educação, tanto no nível superior como no nível básico, o EaD é uma forma de rebaixamento cultural das massas exploradas e ataque direto aos trabalhadores da educação, que exigem melhores condições de trabalho, elevação salarial, estrutura na escola etc., e em troca recebem demissão e substituição por uma plataforma online com aulas gravadas. 

O Boletim Juventude em Luta convoca os estudantes e os professores a combater qualquer tentativa de implantação do EaD como solução da crise. Não à substituição das aulas presenciais!

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